UNESCO denuncia que Espanha é líder mundial na perseguiçom da liberdade artística

Mais umha vez, Espanha volve aparecer como ‘o homem
doente da Uniom Europeia’. Desta volta, com a meritória distinçom de
partilhar posto em curte de liberdades com Estados da periferia
capitalista, habitualmente criticados pola mídia empresarial polo seu
‘autoritarismo’.
Um informe aumenta a sua popularidade nas redes
sociais nos últimos dias : difunde um ranking de Estados caracterizados
por perseguirem e silenciarem os seus artistas. Espanha encabeça
o ranking, seguida pola China, o Irám, o Egipto, a Turquia e
Cuba. O Reino de Espanha chega mesmo a superar a cifra de artistas
punidos dum país tam povoado como a China, pois lançou medidas
repressivas contra treze criadores (a China, contra doze).
O informe intitula-se “O
estado da liberdade artística“, e foi escrito por
umha equipa internacional de dez especialistas independentes. Os
expertos pugérom o seu foco, no caso espanhol, na ‘utilizaçom abussiva
da legislaçom antiterrorista’ (em alusom à perseguiçom de rapeiros e
tuiteiros) e ao uso massivo da violência contra pessoas desarmadas no
processo catalám.
Ao igual que em países ditos emblemáticos das
liberdades democráticas, como os EUA, Israel ou a Polônia (e acarom dos
sempre assinalados China ou a Venezuela), no Reino de Espanha dam-se
“factos alarmantes sobre como tratam os artistas e a respeito
da sua liberdade de expressom“.
Chama particularmente a atençom dos pesquisadores o
caso da repressom dos músicos no Estado : “Espanha:
rapeiros no foco das atençons”, é intitulado um
capítulo que inclui a sentença de dous anos e um dia na cadeia decidida
polo Supremo contra doze membros do grupo La insurgencia,
alguns deles galegos da cidade de Vigo. Embora se reconhece que as
letras fam chamado à insurrecçom e referenciam as acçons armadas da
guerrilha do GRAPO, “a proliferaçom de
medidas de prisom, perseguiçom e ameaças contra dos rapeiros é umha
violaçom total de tratados internacionais de que forma parte a
Espanha, e gera umha atmosfera de silêncio para os artistas.”
Nesta mesma análise se incluem as medidas tomadas
contra os rapeiros Valtonyc -hoje no exílio- e Pablo Hasel, músico de
ideologia revolucionária que expujo as suas razons
num recente artigo.
Na realidade, e apesar da grande alarme mediática
desatada por medidas recentes, a preocupaçom espanhola com a liberdade
de expressom é velha, e o independentismo pagou-na no seu dia. Como
recordou a imprensa nacionalista reiteradamente, o cantautor
Suso Vaamonde tivera que pegar nas malas e liscar ao exílio na
década de 80 por umha composiçom contra a imposiçom espanhola, peça que
hoje fai parte do repertório obrigado do movimento popular.
Galizalivre